Histórias e memórias de Alagoinhas, pelos escritos de Maria
Feijó XX - Marta e Maria Clara: entre as queixas e as palavras de ânimo.
Caros e pacientes
leitores, esta já é a vigésima vez que este título é trazido ao vosso
crivo. Desde outubro de 2013 que uma
parte dos escritos de Maria Feijó tem sido considerada com o objetivo de
encontrar as “histórias e Memórias de Alagoinhas”, em um exercício quase
exegético no sentido de pensar o papel daquela literata em dar a conhecer o seu
rememorar, a partir de uma produção literária que, como já se salientou outras
vezes, tem a cidade de Alagoinhas onde nascera e crescera como o seu “lugar de
memória” privilegiado. Até o ano de 2012, quando tomou contato com as três
prosas de Feijó que tem sido alvo das análises construídas e publicadas em
grande parte no jornal “Alagoinhas Hoje”, este autor não tivera contato com a
produção de Feijó, embora o seu nome lhe fosse já conhecido, sobretudo, a partir
de estudiosos da produção cultural e literária da urbe famosa pelas suas
laranjas. Ao se interessar pelo estudo da história da cidade é que de fato se
aproximou de Feijó, sobretudo para esquadrinhar a sua prosa, no sentido de
encontrar os vestígios de memória que permitisse a ampliação da pesquisa acerca
da história de Alagoinhas, apenas iniciada. Ao pensar a história da cidade como
um objeto de estudo extremamente valioso, também se faz necessário pensar na
diversidade de formas de sua apreensão. Particularizando uma tal reflexão e,
estreitando o objeto no sentido de imiscuir-se em uma investigação sobre a
cidade de Alagoinhas, é forçoso pensar nas inúmeras dificuldades em encontrar
elementos que permitam ao pesquisador a construção de seu corpus documental, a
partir do qual desenvolverá as investigações e análises que sustentarão a
escrita da história da cidade, que, em última instância, deverá ser o resultado
final do seu esforço.
Embora a urbe alagoinhense
já tenha percorrido um bom punhado de anos em seus ires e vires, é consenso que
há um grande hiato entre aquilo que está escrito sobre a cidade e aquilo que é
preciso estudar e escrever sobre a sua história. Muito agarrada à obra de
Salomão Antônio Barros (1899-1986),, tão vazia do ponto de vista teórico, quanto
frágil do ponto de vista metodológico, parte das pesquisas envolvendo a
história de Alagoinhas se tornava cada vez mais estéril, visto que a obra
“Vultos e Feitos do Município de Alagoinhas” não atendia às necessidades de um
mergulho profundo e seguro no rico manancial de possibilidades que se prenuncia
ao pesquisador, na medida em que muitas são as lacunas encontradas na referida
obra. Prova disto é o número de trabalhos monográficos e dissertativos que vem
sendo produzidos na Universidade e fora dela, sobretudo, a partir dos anos
2000. Até então, a construção memorialística
da cidade, estava restrita a uma produção dispersa, feita a partir de
iniciativas de pessoas interessadas em sustentar uma história lastreada em
formas de perceber o mundo baseada em um romantismo épico, cujos elementos
humanos são sempre harmoniosos entre si, não havendo quaisquer divergências
entre as pessoas, os modos de crer, de viver, de morar, de saber, de conhecer o
passado, que não aqueles baseados no culto aos “Vultos e Feitos”, levados aos
“lugares de memória”, como se nunca houvesse havido quaisquer discórdias, quaisquer
contradições nos avanços e recuos da economia, da sociedade e da cultura,
quaisquer disputas de poder, ou qualquer tipo de expropriação dos trabalhadores
por parte dos proprietários dos meios de produção.
E o grande marco desta
história quase paradisíaca, sem conflitos, sem disputas de quaisquer ordem, sem
querelas, sem pobres, sem escravos, sem esmolantes, sem pessoas destoantes no
modo de conceber o mundo à sua volta, é aquela obra que por vários anos se
tornou a única referência para escolares e professores recorrerem, quando
houvesse necessidade de saber alguma coisa sobre a “história” de Alagoinhas. Aliás,
a obra “Vultos e Feitos do Município de Alagoinhas foi catapultada a um patamar
que sequer o seu autor intentou alcançar. Ao concluir o seu desfile de
“eventos” e “heróis” que considera importantes “vultos” para a construção da
trajetória social e econômica da cidade, nas últimas páginas do seu tratado que
prioriza nomes datas e fatos da sua inteira escolha, Barros assevera que: Este Documentário
histórico já poderia ter sido lançado a
público, mas, por circunstâncias especiais, sua conclusão esteve sem continuidade por um espaço de
tempo”. (BARROS, 1979, p. 344).
Note-se que, Barros diz ter havido
“circunstâncias especiais” que de algum modo postergaram o seu propósito de
tornar público o seu “documentário”. Quais teriam sido as ditas “circunstâncias
especiais” que forçaram o autor a retardar a publicação do seu trabalho? Eis
uma pergunta que mereceria uma investigação no sentido de encontrar pistas que
levasse a respostas, pois, certamente elas podem ser várias. Convém salientar
de passagem, o significado da palavra “documentário”. O dicionário Houaiss
indica ser uma palavra de uso recente – 1913 -, com duas acepções. A primeira é
um adjetivo “que tem valor ou caráter de documento” e, o segundo é um
substantivo empregado no sentido de produção didática em formato de filme. Como
é fácil depreender, a acepção utilizada por Barros é a do valor documental.
Logo, aquela obra deveria ter sido sempre tratada como o que de fato ela é: uma
fonte histórica. E, como tal, deveria ser utilizada na pesquisa histórica, com
todos os cuidados e/ou desconfianças que deve nortear o pesquisador diante de
toda e qualquer fonte.
Mas, é preciso voltar aos escritos de Maria Feijó. Como se
disse, este escrevedor toma contato com três das suas obras e logo que inicia a
leitura, começa a perceber o caráter memorialístico da produção da literata
Alagoinhense, chegando mesmo a suspeitar – evidentemente que outros
pesquisadores que se interessaram por sua obra tiveram a mesma impressão – que
o livro “Pelos caminhos da vida de uma professora primária” possa ser lido como
uma obra autobiográfica. Depois de ter percorrido o alentado volume em suas
oitocentas páginas, pelo menos uma conclusão se pôde tirar: aquela obra é muito
mais memorialística do que a que foi escrita por Salomão Antônio Barros, apesar
dos limites temporais apresentados.
Ao discorrer sobre “O Tempo vivo da Memória”, Ecléa Bosi
(1936-2017), assevera que “a memória
se enraíza no concreto, no espaço; gesto, imagem e objeto. A história se liga
apenas às continuidades temporais, às evoluções e às relações entre as coisas”.
(BOSI, 2003, p. 16).
Depreende-se,
portanto, que o esforço de Feijó em construir uma narrativa que apresentasse o
cotidiano de “uma professora primária”, está assentado em elementos espaciais
que são objetificados e presentificados nas diversas descrições que faz dos
lugares, das coisas e das pessoas, fundamentando em tais descrições, o edifício
memorialístico de um tempo vivido, de um lugar a partir do qual se dá o
desenrolar do “enredo”. É desta maneira que faz as escolhas do que lembrar, do
que esquecer e do que silenciar. Neste sentido, pode ser trazido ao presente,
aquele passado que a literata constrói de acordo com o seu propósito de pensar
a vida, a trajetória e as vicissitudes de uma professora primária, quase sempre
idealizada, embora a base seja a sua própria experiência profissional e
pessoal. Tal construção memorialística não a distancia muito do objetivo não
explicitado de uma espécie de acerto de contas em torno da sua própria história
de vida. Ali, é a sua memória que intervém no processo criativo, estruturando a
narrativa de modo a estabelecer os nexos entre o narrado e o vivido. Ainda uma
vez se recorre a E. Bosi, em uma passagem onde ela assevera que:
“A
memória opera com grande liberdade escolhendo acontecimentos no espaço e no
tempo, não arbitrariamente, mas porque se relacionam através de índices comuns.
São configurações mais intensas quando sobre elas incide o brilho de um
significado coletivo. É tarefa do
cientista social procurar esses vínculos de afinidades eletivas entre fenômenos
distanciados no tempo”. (BOSI, p. 31).
Então, pois, retome-se o diálogo entre as duas amigas professoras,
ainda sob a mediação da escritora alagoinhense. No arrazoado anterior, a
conversa foi interrompida quando Marta atalha a amiga para demonstrar a sua surpresa
em vê-la tão desanimada, embora ainda fosse jovem e estivesse há muito pouco
tempo no exercício da docência no curso primário. Entrementes, tal fora o
desencanto da amiga, que Marta começara a matutar em uma maneira de realentar
lhe a disposição para continuar em seu ofício e, ao mesmo tempo, procurava
atinar no que faria para que a amiga recuperasse o “amor” que a ajudaria no enfrentamento das
intempéries inerentes ao exercício do magistério que, ela queria fazer com que Maria
Clara soubesse, não era apenas no Rio de Janeiro, lugar onde então viviam e trocavam aquelas palavras,
mas em todo o Brasil, mormente no interior da Bahia, sua terra.
Maria Feijó informa ao leitor que,
ao retomar a palavra, Maria Clara se dirige à sua interlocutora,
apresentando-lhe com mais vagar, o motivo de estar tão decepcionada com a
profissão que escolhera:
“— Sabe, Marta, ando muito
desanimada. Lá em casa, quando desejei ingressar no Instituto de Educação,
ninguém queria. Todos achavam” uma profissão muito espinhosa, incompreendida
e sem nenhum proveito monetário”. Sempre mais práticos e objetivos do que eu.
Minhas irmãs enveredaram por outros caminhos e se encontram em ótima situação.
As três casadas só se preocupam com os afazeres domésticos; e das quatro
restantes, quem menos persebe sou eu e é a que mais estudou, estuda e trabalha,
vê?” (FEIJÓ, 1978, P. 19-20).
Clara é, portanto, a única dentre as
suas irmãs que escolhe ser professora e, segunda a sua avaliação, a que, embora
ainda jovem e em pouco tempo de labor, não está “feliz”, não se sente
realizada. Feijó, por meio de Marta, argumenta de maneira um tanto ingênua, talvez
na tentativa de pavimentar o caminho por onde trilhará no seu percurso
memorialístico. “Mas, Clarinha, aqui no Rio o magistério é muito bem olhado e Professora
bastante remunerada. O Governo, de vez em quando, bem que melhora a situação de
vocês. Pelo menos é o que me consta.”
FEIJÓ, 1978, p. 20).
Maria Clara retoma a palavra. Na
sua fala fica patente o discurso de Feijó, que reaparece na boca e na prática
de Luísa Peixoto, sua professora protagonista da história que será contada por
Marta, com o fito de convencer a amiga e colega de profissão, a enfrentar o que
lhe está proposto vivenciar como professora primária. Diz a jovem:
“— Não é só isso, menina! Você
sabe: se se tem no íntimo o germe de um ideal, seja ele qual for, é caso
perdido. Vai roendo, roendo, mesmo que traça e, quando a gente abre os olhos, é
tarde. A obsessão cresce tanto que se luta por ele até o fim. Então, não é
somente de dinheiro que se trata. Se fosse por esta parte material, talvez eu
já tivesse abandonado tudo, porque, para atenuar a situação, meu pessoal
continua pior, achando que estou, deveras, perdendo tempo e mocidade cada vez
mais, sendo Professora, quando bem podia ter enveredado por outras áreas,
noutros misteres, tantos são os que existem por aí..”. (FEIJÓ, 1978, p. 20).
Ao atalhar de Marta que lhe indaga
o que tem afligido a amiga, visto não ser, necessariamente, segundo o que
dissera, a baixa remuneração do seu laborar, Clara retruca incisivamente. “—
Ah! minha querida, e o desconforto, a luta insana, o sofrimento enorme, imenso,
que parece não ter fim?...” (FEIJÓ, 1978, Idem).
Marta volta a ponderar, uma vez que
diz não entender por que o desânimo abate alguém tão plena de vida:
“— Mas você, nova, bonita como
está, queimada pelo sol de Copacabana, anseio de todas as moças de sua idade,
cheia de saúde e vida, disposta e bem tratada, com esse aspecto saudável, tão esportivo,
aparência ótima?! Não, minha filha, o seu
todo nada revela” desconforto, sofrimento imenso, sem fim, luta insana”. Você constantemente
vem à praia. Infelizmente eu é que não a tenho visto. Pouco chego até aqui, apesar de morar
pertíssimo. Cadê tempo?” (FEIJÓ, 1978,
Idem).
Observe-se que, pouco a pouco,
Feijó vai construindo os elementos discursivos com os quais precisará trabalhar
para enfrentar a tarefa a que se propôs, qual seja: ao de desenvolver uma
narrativa por meio da qual possa inserir tanto a sua memória da Alagoinhas que
pretende retratar, quanto uma parte da sua vivência pessoal e/ou profissional. É
assim que ela ainda se conserva na condução da narrativa, a fim de preparar o
terreno no qual fincará os fundamentos argumentativos sobre os quais assentará
a sua narrativa.
Assim, Maria Clara continua o seu “desfile
de penas”, em resposta às ponderações de Marta:
“Sim, — [...] — você tem razão e me
ajuda até, - por tudo Isso e mais. Agora estou de férias. Durante o período
letivo, tenho um dia de folga por semana. Como adoro o mar, fujo sempre que
posso para nele me entreter e recuperar energias perdidas. Razão do...” aspecto
saudável...”.” (FEIJÓ, 1978, Idem).
Prossegue Maria Clara, atendendo a
uma abordagem de Marta que dizia ainda não entender o porquê daquelas queixas.
“Logo me entenderá. Escute, Marta:
você me ajudou até demais, falando em mocidade, saúde, beleza, vida,
inteligência, ar esportivo, jovialidade... Já pensou, entretanto, na distância
que, diariamente, transponho da Rua Mariz e Barros até Marechal Hermes — onde
leciono —, um fim de mundo, no subúrbio, num trem da Central (ou mesmo de ônibus), verdadeiro
formigueiro humano, inverno ou verão, saindo de casa às 6 da manhã e só
regressando às 16 horas? Já pensou nisto, Marta? E... se não fossem estas
folgas, como eu iria respirar? Compreendeu agora?” (FEIJÓ, 1978, Idem).
Maria Feijó intervém mais uma vez no diálogo das duas
amigas professoras, com o propósito de informar ao seu leitor que, após Maria
Clara proferir aquelas palavras cheias de “ais”, um “sorriso meio triste, desalentador, cobre-lhe o semblante, olhando a
companheira com um gracioso olhar enviesado...”( Ao que, ainda conforme Feijó,
Marta retruca assegurando que ”[...],
minha amiga, não é um mal sem remédio. Ainda há isso. Nem tudo na vida é
completo como todos nós, ardentemente, desejamos, e sonhamos, e nem está
perdido tudo assim [...]”. FEIJÓ, 1978, Idem).
Mas, Maria Clara não se vai deixar convencer, assim, tão
fácil. Em mais uma argumentação diante da tentativa feita pela amiga, ela ainda
se mostra quase descrente, embora admita haver alguma esperança de uma
diminuição de “sofrimento”, ao menos no que tange à distância entre a sua casa
e o seu espaço laboral. Diz ela que:
“—
É! Há uma esperança, embora remota, de conseguir transferência para mais perto,
conforme os pontos obtidos. Felizmente tenho alcançado boa classificação.
Entretanto... já imaginou o enorme número de candidatas? A maioria, jovem como
eu, aspirando os mesmos ideais, tendo os mesmos sonhos e as vagas sendo
pouquíssimas, quando vou chegar até uma delas?...” (FEIJÓ, 1978, p. 21).
Marta, uma vez mais,
procura animar a amiga com um assomo de confiança. À indagação feita por Maria
Clara, ela atalha com a seguinte construção retórica: “[...]. Mas... há essa esperança. Que seria de nós sem ela, hein? É a bússola
que conduz todo viageiro no imenso barco da vida, visando a meta final...”.
Ainda uma vez o argumento de Marta não anula as dúvidas de sua amiga, que, de
bom grado lhe contrapõe o retorno ao duro viver do cotidiano:” [...], lindo
esse trecho poético do romance! Lembre-se, contudo, minha amiga, que estávamos
ou estamos, na dura realidade da vida, enfrentando uma condução com destino a
Marechal Hermes...”. Pedindo que a deixe terminar a sua argumentação, Marta
prossegue o discurso, asseverando que “[...]. Você só tem dois anos, dois
aninhos só, de profissão! Está com todas as forças vitais para lutar e ir ao
encontro de seu ideal. Paciência, confiança em si mesma e espere mais um pouco.
Além do que, Clarinha, você não precisa desse ordenado” tão suado e difícil”
para manter-se, graças a Deus, nem sustentar marido e filhos...”. Mas,
insistindo em interromper lhe a fala, Clara procura talvez, demonstrar que não
se deixará vencer facilmente pelo argumentar da interlocutora. A respeito do “ordenado
suado”, ela acrescenta que “— ... ele serve, apenas —[...] - para os alfinetes,
digamos assim, tão pouco é...”. E, sem permitir a retomada do esforço feito por
Marta para que Maria Clara se reanime a prosseguir em sua faina professoral,
arremata o diálogo só principiado, apontando para uma situação que, ainda
quando se escreve estas linhas, é vivenciada por todos aqueles profissionais
que atuam como docentes, em todo e qualquer dos seus níveis. Diz a jovem professora:
“— e
ainda: os deveres escolares vêm para dentro de casa. É o jeito, senão nem dou
conta. E as aulas para preparar? O pessoal fica furioso, porque não descanso.
Comprei até um mimeógrafo e com ele, além dos meus, passo trabalho das outras
colegas que não o possuem. E me lamento, tanto, tanto, que minhas irmãs têm
pena e colaboram comigo, ajudando-me sempre que preciso. O papai e a mamãe
olham só e balançam, negativamente, a cabeça. Nada dizem, pois. acham ser meu
gosto. Francamente, Marta, toda a vida acalentei este grande sonho, porém,
pensei que fosse menos árdua a sua realidade. Não agüento mais. Às vezes,
quando chego a casa, já as meninas saíram, foram ao cinema, a um passeio
compras ou alguma visita. É verdade que não sou muito disto, não, mas lá um
dia, tenho vontade, e até necessidade, de também ser jovem. Porém, creia-me,
cadê coragem? Nem para ler, que foi sempre do que mais gostei. A estante vive
abarrotada de livros novos. Olho-os só e pronto. Cansaço, desânimo, decepção é
o que sinto hoje, pelo magistério... — E, com olhos tristes e inquiridores,
encara a amiga: — Você acha ainda que devo ser otimista?” (FEIJÓ, 1978,P. 21).
Marta se vê obrigada a silenciar. Percebe que o discurso
retoricamente proferido aos ouvidos pouco dispostos a escutá-los, demonstraram-se
inócuos, na medida em que precisará empregar outras formas discursivas para
alcançar o propósito de ver a sua interlocutora recobrada em seu ânimo e desejo
de continuar a exercer a profissão que escolheu e para a qual se capacitou.
Professor Jorge Damasceno – 04 de outubro de 2020.