segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Altamiro Borges: Jô Soares critica ditadura da TV Globo

Já diz Almir Sater: "Os caminhos mudam com o tempo, só o tempo muda um coração!". Passaram-se todos estes anos e, ...tudo isto se transformou em histórias e memórias.

Altamiro Borges: Jô Soares critica ditadura da TV Globo: * Enviado pelo professor Caio Navarro Toledo, que acrescentou o comentário: "Hoje, o tucano Gordo - regiamente pago pela Globo - certament...

domingo, 18 de setembro de 2011

Altamiro Borges: Existem novas mídias no Brasil?

Altamiro Borges: Existem novas mídias no Brasil?: Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B : Nesta semana o jornalista Luiz Carlos Azenha publicou em seu blog, o Viomundo, um texto apr...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Histórias e Memórias de uma grande tempestade

Histórias e memórias de uma grande Tempestade.

Este tema me veio à memória, a propósito de uma intervenção feita por um colega no meu perfil do facebook, quando eu comentava a respeito do fim do inverno. Lá, eu lembrava ser hoje, a última sexta-feira do inverno; o referido colega, se reportara aos anos setenta, quando morava na Rua Manoel Vitorino (Teresópolis), rebuscando na memória as tempestades que faziam com que sua avó cobrisse os espelhos, para neles não serem relfletidos os raios...
E logo me vieram as lembranças de uma grande tempestade ocorrida nos finais dos anos sessenta, aqui em Alagoinhas.
Era pouco mais ou menos quatro da tarde; só eu e minha mãe estávamos em casa; seus outros dois filhos se encontravam na escola.
Nossa casa tinha as paredes de taipa, o piso de chão batido e a cobertura era de telha vã. As portas e janelas eram tão rústicas quanto frágeis.
As primeiras rajadas de vento, os primeiros estrondos dos trovões,os primeiros faiscar dos relâmpagos, anunciavam o tamanho da tempestade que se avizinhava.
Não demorou e ela se apresentou com toda a sua força. Ventos fortíssimos sopravam; chuvas torrenciais caíam e logo formavam grandes correntes de enxurradas.
Eu e minha mãe, fazíamos força para que o vento não entrasse em nossa frágil habitação e não fizesse voar, os poucos haveres de seu interior. Nos portamos decididos atrás da porta feita com várias tábuas, acreditando que poderíamos mantê-la feichada o suficiente para que o vento não invadisse a casa com toda a sua fúria.
Depois de alguns minutos de ansiedade e agonia, logramos perceber que aquela tempestade se amainava e que nossa frágil tapera resistira bem àquela borrasca.
Agora nossas preocupações e temores se voltavam para os filhos/irmãos que naquele momento não estavam conosco e, por isto mesmo, não sabíamos como estavam.
Passada a chuva, sai-se para ver o que aconteceu e, depara-se logo com o rastro de destruição que se percebia em toda parte: árvores caídas ou vergadas; um mar de galhos e detritos espalhados pelas ruas de terra; barro, lama e pedras que desciam de um morro à frente de nossa casa, lugar de onde se tirava o barro para o erguimento daquelas toscas moradias; pedaços de antenas de TV, que vieram de bem longe, pois por perto não havia quem a tivesse; rios e pântanos cheios, até perto dos quintais... E o tempo? Limpo e aberto, como se nada tivesse ocorrido há pouco menos de uma hora!
Chegados os irmãos sãos, salvos e ilesos, enfim pudemos respirar aliviados, já que saímos incólumes daquela intempérie primaveril.
Minhas lembranças remontam a bravura com que dona Amanda defendera aquela frágil morada, onde se abrigava com seus três filhos; me remete ao medo que tive de perder o abrigo, ou de não ter mais os irmãos... Talvez aquela nem tenha sido a maior tempestade que tenha se abatido sobre Alagoinhas. Mas para aquela criança de cerca de oito anos,aquela fora a maior tempestade natural que já tivera de enfrentar. Mal imaginava que outras viriam; não naturais... Mas a maior delas: a de ter perdido irremediavelmente sua grande Heroína, malgrado, na primavera de 2005. E eu que quisera ter sido aquele, o melhor ano de minha vida pessoal: mas não o foi...
José Jorge Andrade Damasceno
historiadorbaiano@gmail.com