quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Uma escelente reflexão do historiador Carlos Fico - Brasil Recente: A anunciada crise institucional

Brasil Recente: A anunciada crise institucional: Carlos Fico Existe a possibilidade de ruptura institucional após a eleição presidencial deste ano porque o impeachment de Dilma Rou...

sábado, 1 de setembro de 2018

Eleições atípicas - suite

Conforme a performance dos excelentíssimos senhores ministros do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro, em um ardiloso desfile de vaidades e egos inflados, é confirmado tudo aquilo que já estava nos scripts mediáticos, no que respeita à "inelegibilidade" de um candidato, desde sempre decretada pelo judiciário mediatizado e/ou, pela mídia judicializada.
Alguns analistas políticos já vinham dizendo, sensatamente, que os magistrados travestidos de jornalistas e os jornalistas auto-investidos de juízes, não fariam tão ardilosa e sórdida manobra jurídico/político/mediática inviabilizadora da candidatura de Lula da Silva, para depois abrir mão de seus intentos e ... permitir que se candidatasse livremente, submetendo-se ao escrutínio que, conforme as "intenções de voto" manifestas por mais de um ano, talvez o levasse uma vez mais ao topo do Palácio do Planalto.
Logo, era necessário que a ópera fosse concluída e de modo coerente com o script cuidadosamente elaborado/urdido nos submundos do poder  - interno e, sobretudo, externo (para além das ditas "teorias conspiratórias").
É neste sentido que, para este escrevedor, não se constituiu surpresa o resultado obtido pelos argutos construtores da "não-candidatura lula", na medida em que precisam sempre deixar uma impressão de normalidade política, com o fim de evitar uma inimaginável "convulsão social"; é preciso fazer com que se "respire" um certo "ar" de correção jurídica; é mister que se dê uma ideia de que o que se faz, é feito dentro das normas legais vigentes.
E assim, o público em geral está sendo midiaticamente educado a perceber-se dentro dos ditames democráticos, por meio dos quais o candidato e sua defesa, vão tendo garantidos os seus direitos aos recursos jurídicos, embora um a um venha sendo sistematicamente (des)construídos, não de forma a parecer manobras deliberadas para inviabilizar a candidatura; mas de modo a dar ao público telespectador a impressão de que tudo e todos estão sendo respeitados, de acordo com os arcabouços jurídicos vigentes no País.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Uma jornada eleitoral atípica

Este ano de 2018 fará a história recente do Brasil vivenciar mais uma jornada eleitoral atípica. Nele, o presidente e governadores serão eleitos, uma vez mais, sem que se leve na devida conta as eleições legislativas, visto que as atenções estão inteiramente voltadas para os cargos majoritários, sobretudo, o posto de presidente da República.
Mas, a sua atipicidade está no fato de que o candidato melhor colocado quando se trata de aferir as intenções de voto é aquele que se encontra aprisionado política e arbitrariamente em Curitiba (justo lá: por quê?), impedido de fazer campanha, apresentar suas propostas para o País, fazendo com que a mídia familiar, a justiça classista e as redes sociais, consigam prevalecer sobre a opinião pública e decida em seu lugar.
A rede de televisão hegemonicamente dominante no País, dá o tom da campanha: ela é quem  define a quem e quando entrevistar e a quem não entrevistar; formula as suas questões, consoante aos seus interesses particulares/empresariais e os torna interesses "Nacionaiss"; enfim, pauta o desenrolar da campanha eleitoral, despudoradamente, como se fora ela mesma a condutora do processo.
Assim, estaremos realizando uma eleição "geral", sob a marca do autoritarismo judiciário/mediático, como aliás tem se dado a apresentação da narrativa histórica no Brasil pós 2016, sem que haja quaisquer perspectivas de melhoria neste quadro, ao menos, em um curtíssimo prazo.